Portugal chama por nós!
Após uns mesitos ausentes, cá estou de volta!! Nada de muito especial para dizer (por enquanto), mas também não se passou nada muito importante.... descanso, descanso, e ainda.... mais descanso!!! Uma pequena maravilha eheheh.
Oh como está morto este blog hoje...
Sobretudo a pensar no regresso a casa, dentro de um táxi, a observar a Cidade dos Slogans...
A noite já vai longa. Abro o blogger e vejo 260 posts. Exclamo para comigo - é maravilhoso ver que as coisas ganham vida por intermédio de outras vidas.... Não sei se a ideia que me assalta a mente é própria deste cantinho ou de um outro bem próximo... talvez seja este o certo, escrevo despreocupadamente e directamente na caixinha própria. A viagem que fiz mesmo agora, no táxi 46 relembrou-me um outro post que tentei escrever há pouco... era o trecho 46 de um livro... não quis ser publicado e por isso ficará guardado.... E foi nessa mesma viagem que as palavras completaram algumas frases que tinha a germinar... São nessas viagens que me consigo alhear de mim e observar atentamente o que me rodeia... Perceber os pormenores de uma enorme cidade que não dorme. As paredes repletas de pequenos enigmas, fruto de culturas e contra-culturas que por cá habitam... A cidade é Lisboa e atravesso-a, dia após dia, atento a pormenores sempre diferentes... Há uma coerência em toda ela...
página 31...
23 coisas que não se pode morrer sem saber:
Acabadinho de chegar e um desafio no blog... pois bem... livro mais perto:
Prometo que vou acalmar-me, mas lanço o desafio, acabado de encontrar num outro blog repleto de despreocupações: www.ternaeanoite.blogs.sapo.pt:
Como emigrante que sou (termo discutível, mas não por agora), tive há pouco tempo que defender a causa do bacalhau. Pois, porque a maior parte dos estrangeiros pensa que comemos bacalhau 365 dias por ano e que, quando não é o prato principal, trata-se certamente do acompanhamento. Apesar de tentarmos provar o quanto a nossa gastronomia é mais rica do que isso (aliás, estes comentários só podem ser inveja, da parte de quem só come endívias ou sopa de cebola!), achei que devia prestar uma homenagem ao nosso amigo bacalhau, que tanto tem feito pelos Portugueses, não só por esse mundo fora, como dentro do país, tratando-se de um alimento que já alimentou ricos e pobres, sem distinção. Já para não falar nos incontáveis momentos tradicionais que ainda se mantêm, à volta do bom do bacalhau, na quadra natalícia - hipocrisia, dizem alguns. Eu digo, esperança.
Seguindo a mesma mania de fugir aos números, mesmo estando a estudar Economia, afastei as fórmulas do meu espírito, pois houve algo que captou a minha atenção: Lei da Oferta e da Procura. Se uma pessoa compra 1 Kg de pêras, a oferta é baixa, mas se 10 pessoas decidem comprar 1KG de pêras, a oferta tende naturalmente a aumentar. Olha, pois é. É o B A BA da micro e macro economia, com mais ou menos floreados. Mas, se transpusermos esse princípio para o funcionamento da sociedade, acabamos por constatar a sua veracidade também. Aliás, foi a aplicação deste princípio que conduziu ao estado actual das coisas. Ora vejamos: os primeiros Homens eram nómadas; andavam de um lado para o outro em busca de comida e de água. A procura era baixa. Mas, devido à insatisfação constante da alma humana, aumentou a procura. Colher frutos, raízes e plantas ja não era suficiente; era preciso também caçar, ír à pesca. E, já agora, porque não sedentarizar-se? E a procura não parou de aumentar: roupas, utensílios diversos, casas, fogo, roda, viaturas, electricidade, canalizações, sistemas de irrigação, novas técnicas de produção agrícola (e, já que já sabemos produzir vegetais e animais artificiais, porque não produzir uns seres humanos também?), telemóveis, computadores, utensílios cada vez mais complexos, etc, etc. A procura aumenta com o desejo de tudo controlar. Já não sabemos parar, mas não faz mal, pois a oferta acompanha a procura. Se nascemos com uma carinha menos laroca, não ficamos à espera que alguém repare em nós; recorremos a uma cirurgia e transformamo-nos em mais um belo exemplar humano. Para tudo há uma oferta. Se não houver, chamamos a esse vazio uma lacuna e tentamos rapidamente preenchê-la. Como é maravilhosa a capacidade da oferta de acompanhar sempre a procura, graças ao poder sem limites do ser humano! E assim, compreendi mais um princípio económico.
Dia 4 de Abril: Convite Aceite
30 de Novembro de 2005.
Alguns amigos juntam-se numa rede virtual e partilham um único objectivo. Abre-se uma página em branco e preenche-se com letras e imagens. Juntam-se sorrisos e divulgam-se idéias. Libertam-se pedaços de cada um, que povoam os espaços em branco dos demais. Cria-se arte. Nasce o Despreocupadamente.
10 de Março de 2006.
Há um leitor que se destaca dos demais, consegue despreocupar-se e fazer-se notar, partilha sentimentos e deixa um pouco de si para quem visita o espaço outrora em branco. Passa a sua própria arte para o palco principal a pedido. O acolhimento é fantástico. Há também um pouco de si espalhado por todo o lado.
25 de Março de 2006.
Alguns despreocupados juntam-se em redor de uma mesa para comemorar e jantar. A leitora já fez mais de 2000 km neste dia mas continua a dar o seu máximo a quem a rodeia. A empatia é geral. Há quem perceba que o objectivo também lhe é comum.
30 de Março de 2006.
Na decisão democrática mais rápida da história do objectivo comum é aprovado, unanimamente, que o chamado G8 não está mais completo. Apesar do palco principal estar aberto para que a leitora o pise sempre que desejar o seu nome não constar na lista é injusto.
2 de Abril de 2006.
É feito o convite para que a leitora, Lígia Mendes, ingresse em termo definitivo na elite do G8.
Lamentavelmente, e mesmo tendo feito de tudo para o evitar o Despreocupadamente vai encerrar.
Encontram-se pequenas pérolas em blogs alheios...