Despreocupadamente: março 2006

quarta-feira, março 29, 2006

pois...

Contam, que certa vez ao chegar a casa, o Dr. F. Louçã ouviu um barulho estranho vindo do seu quintal.
Chegando lá, constatou haver um ladrão tentando levar os seus patos de criação.
Aproximou-se vagarosamente do indivíduo e, surpreendendo-o ao tentar pular o muro com os seus amados patos, gritou-lhe assim:
- Oh, bucéfalo anácroto! Não o interpelo pelo valor intrínseco dos bípedes palmípedes, mas sim pelo acto vil e sorrateiro de profanares o recôndito da minha habitação, levando meus ovíparos à sorrelfa e à socapa.
- Se fazes isso por necessidade, transijo; mas se é para zombares da minha elevada prosopopeia de cidadão digno e honrado, dar-te-ei com minha bengala fosfórica bem no alto da tua sinagoga, e o farei com tal ímpeto que te reduzirei à quinquagésima potência do que o vulgo denomina por nada.
E o ladrão, confuso, diz:
- Doutor, eu levo ou deixo os patos?

terça-feira, março 28, 2006

Portugal



Que adianta dizer-se que é um país de sacanas?
Todos os são, mesmo os melhores, às suas horas,
e todos estão contentes de se saberem sacanas.
Não há mesmo melhor do que uma sacanice
para poder funcionar fraternalmente
a humidade de próstata ou das glândulas lacrimais,
para além das rivalidades, invejas e mesquinharias
em que tanto se dividem e afinal se irmanam.

Dizer-se que é de heróis e santos o país,
a ver se se convencem e puxam para cima as calças?
Para quê, se toda a gente sabe que só asnos,
ingénuos e sacaneados é que foram disso?

Não, o melhor seria aguentar, fazendo que se ignora.
Mas claro que logo todos pensam que isto é o cúmulo da sacanice,
porque no país dos sacanas, ninguém pode entender
que a nobreza, a dignidade, a independência, a
justiça, a bondade, etc., etc., sejam
outra coisa que não patifaria de sacanas refinados
a um ponto que os mais não são capazes de atingir.
No país dos sacanas, ser sacana e meio?
Não, que toda a gente já o é pelo menos dois.
Como ser-se então nesse país? Não ser-se?
Ser ou não ser, eis a questão, dir-se-ia.
Mas isso foi no teatro, e o gajo morreu na mesma.

Jorge de Sena

A vida

A vida é para nós o que concebemos dela.
Para o rústico cujo campo lhe é tudo, esse campo é um império.
Para o César cujo império lhe ainda é pouco, esse império é um campo.
O pobre possui um império; o grande possui um campo.
Na verdade, não possuímos mais que as nossas próprias sensações;
nelas, pois, que não no que elas vêem, temos que fundamentar a realidade da nossa vida...
Fernando Pessoa

segunda-feira, março 27, 2006

Jantar Despreocupado

Pois é. O jantar lá aconteceu. Com algumas supresas, como convém. E com a bela da sangria!!!!!!!! como não podia deixar de ser!

Mas, agora que já estou em terras de El-rei D. Alberto II, com umas grandes olheiras e o coração cheio de saudade, sento-me aqui a escrever e observo-me, para sentir o que ficou do jantar. Ora, aqui está o esboço das minhas constatações, o mais aproximado possível da verdade, mas sem a pretensão de chegar a revelar a grandeza do que realmente cá está, naquele lugar onde só chegamos à noite, no último minuto antes de adormecermos:
Quatro pessoas fantásticas (as que eu já conhecia e as que conheci nessa noite), de grandes Almas, que me fizeram recordar o quanto é bom estar em casa. Um jantar de Portugueses, num Restaurante italiano, mas com um desejo tão forte de cada um em estar ali, que o local passou para segundo plano e, se não tivesse sido a Cecília, até teria possivelmente sido esquecido, entre as palavras e risos que trocávamos.
O que ficou em falta? Quatro outros Despreocupados. Teria sido perfeito, mas é no esforço de atingir a perfeição que reside a beleza e o sentido da Vida. Ou não é?

quarta-feira, março 22, 2006

Ele anda aí


Circula a teoria que prega rasteiras a quem o tenta pisar...

terça-feira, março 21, 2006

Dia Mundial da Poesia

Estava a lêr a Visão, para saber o que se passa aí no nosso cantinho, quando deparei com duas notícias fantasticas; uma despertou-me um interesse mais particular, devido à minha paixão sem limites pelo José Saramago e, por isso, não faço referência ao seu conteúdo (mas, para o caso de alguém estar interessado, trata-se da estreia de uma ópera escrita pelo Mestre, Don Giovani ou O Dissoluto Absolvido... deve ser LINDO!!!!); a outra notícia, porém, surpreendeu-me e merece aqui ser enaltecida: Santo Tirso lançou um medicamento, a ser aplicado em várias casas particulares, lares, associações culturais e desportivas, instituições de solidariedade social, farmácias, escolas, quartéis de bombeiros e fábricas; a título experimental, por enquanto.
O medicamento consiste na musicalidade das palavras, no encanto das imagens e metáforas. Os efeitos secundários deste remédio são toleráveis. E desejáveis. O consumo excessivo e a intoxicação são bem-vindos. POEMAX XR: um genérico feito à base de versos livres, rimas e outras misturas para gente que gosta de sonhar acordada (...) composto por inofensivos cem gramas de metáforas, 250 gramas de profecias, pós de loucura embrulhados em saquinhos com fragrâncias, poemas populares e eruditos de largo espectro.

Através de um serviço de urgência constituído por um grupo de declamadores que andará de porta em porta no dia 21, assim decidiu Santo Tirso comemorar o Dia Mundial da Poesia.
Parabéns pela iniciativa – brilhante!

E tu, já tomaste a tua dose de Poemax, hoje?

domingo, março 19, 2006

Mundo Virtual

Entrei apressado e com muita fome, no restaurante.
Escolhi uma mesa afastada do movimento, pois queria aproveitar os poucos minutos que dispunha naquele dia atribulado, para comer e corrigir alguns bugs de programação de um sistema que estava a desenvolver, além de planear a minha viagem de férias que há tempos que não sei o que são.

Pedi uma posta de salmão com alcaparras na manteiga, uma salada e um sumo de laranja.
Afinal de contas fome é fome, mas dieta é dieta não é?
Abri o meu portátil e apanhei um susto com aquela voz baixinha atrás de mim.

- Senhor, arranja uns trocos ?
- Não tenho, míudo.
- Só uma moedinha, para comprar um pão.
- Está bem, eu compro-te um.

Para variar, minha caixa de entrada está cheia de e-mails.
Fico distraído, a ler poesias, as formatações lindas, a rir com as piadas malucas..
Ah! Esta música leva-me a Londres e a boas lembranças de tempos idos.

- Senhor, peça para colocar manteiga e queijo também.

Percebo que o menino tinha ficado ali.

- Ok. Vou pedir, mas depois deixa-me trabalhar, estou muito ocupado, ok?

Chega a minha refeição e com ela, o meu constrangimento.
Faço o pedido do menino, e o funcionário pergunta-me se quero que mande o garoto embora.

Os meus restos de consciência, impedem-me de dizer sim.
Digo que está tudo bem. Deixe-o ficar. Que traga o pão e mais uma refeição decente para ele.

Então ele sentou-se à minha frente e perguntou:
- Senhor, o que está a fazer?
- Estou a ler uns e-mails.
- O que são e-mails ?
- São mensagens electrónicas enviadas por pessoas, pela Internet.
(sabia que ele não ia entender nada, mas, a título de livrar-me de maiores questionários desse tipo):

- É como se fosse uma carta, só que via Internet.
- Senhor, você tem Internet ?
- Tenho sim, é essencial no mundo de hoje.
- O que é Internet ?
- É um local no computador, onde podemos ver e ouvir muitas coisas, notícias, músicas, conhecer pessoas, ler, escrever, sonhar, trabalhar, aprender.
- Existe de tudo no mundo virtual.
- E o que é virtual?

Resolvo dar uma explicação simplificada, novamente na certeza que ele pouco vai entender e vai me deixar descansado para comer a minha refeição, sem culpas.

- Virtual é um local que imaginamos, algo que não podemos mexer, tocar.
É lá que criamos um monte de coisas que gostaríamos de fazer. Criamos as nossas fantasias, transformamos o mundo em quase como queríamos que fosse.

- É porreiro isso. Gostei !
- Tu percebeste o que é virtual ?
- Sim, também vivo nesse mundo virtual.
- Tu tens computador ?
- Não, mas o meu mundo também é assim...Virtual.

- A minha mãe fica fora todo o dia, só chega muito tarde, quase não a vejo.
Eu fico a cuidar do meu irmão pequeno que chora de fome e eu dou-lhe água para ele pensar que é sopa.
A minha irmã mais velha sai durante todo o dia, diz que vai vender o corpo, mas não entendo pois ela volta sempre com o corpo dela
O meu pai está na cadeia há muito tempo, mas imagino sempre a nossa família toda junta em casa, muita comida,muitos brinquedos no natal e eu vou às aulas para um dia ser médico.

- Isso é virtual não é, Senhor???

Fechei o meu portátil, não antes que as lágrimas caíssem sobre o teclado.

Esperei que o menino terminasse de, literalmente, "devorar" o prato dele, paguei a conta, e dei o troco ao míudo, que me retribuiu com um dos mais belos e sinceros sorrisos que já recebi na vida e com um "Muito Obrigado Senhor".

Ali, naquela instante, tive a maior prova do virtualismo insensato em que vivemos todos os dias, enquanto a realidade cruel rodeia de verdade e fazemos de conta que ... não percebemos!


Autor Desconhecido

sábado, março 18, 2006

mãos

Numa mão a realidade que não apraz, na outra os sonhos sempre distantes. Junto-as no estranho desejo de encontrar um equilibrio...
Foto: Jerry Uelsmann

sexta-feira, março 17, 2006

Todos os Despreocupados

Amigos aí desse lado: dentro de alguns dias, estaremos todos do mesmo lado. Finalmente!!!! Estarei em Portugal no fim-de-semana 25 e 26 de Março e gostaria muito de conhecer os Despreocupados (os que ainda não conheço, claro!) numa jantarada (com a bela da sangria!!) ou num encontro menos formal, em caso de falta de tempo.

Mesmo aqui deste lado, sei o quanto é difícil, por vezes, todos se juntarem, mas VÁ LÁ! Sabem que, quando alguém faz um gesto, é toda a Humanidade que se desloca nesse sentido. Imaginem o que será, então, um encontro de TODOS os Despreocupados!

quinta-feira, março 16, 2006

Portas...


Escrevi para acompanhar esta imagem:

Criamos a ilusão que não temos horizonte suficiente para avançar se não abrirmos as portas que, propositadamente, nos colocam no caminho. Lutamos a todo o momento para deslindar o mistério das suas fechaduras e conseguir seguir em frente, procurando mais uma porta, cada vez mais dificil de abrir, cada vez mais motivadora. Muitas vezes o nosso horizonte já ultrapassou essa porta e quando a abrimos não vemos mais do que já viamos antes de a abrir. O homem é do tamanho dos seus sonhos. Mas insiste em criar a ilusão de que há sempre uma fechadura para quebrar...

Melhor não tivesse escrito nada. Como já li algures... "uma imagem vale por mil palavras".

segunda-feira, março 13, 2006

13, sim pois!

Hoje é dia 13 e segunda-feira. Já li as origens da supertição do 13, e apercebi-me que com o passar dos tempos acumulou-se o 13 à sexta-feira e à lua cheia. Tudo junto fazia o dia mais azarado do ano. Ou o mais sortudo. Depende sempre do ponto de vista de quem analisa.
O 13, confesso, sempre me deu bastante sorte, alguns dos "pilares" da minha vida tiveram inicio em dias 13, estranhamente real. O meu primeiro e último nome somados têm 13 letras, entrei em todos os empregos em dias 13, entre estórias e histórias que passaria toda a noite a contar... Ou talvez seja apenas superstição minha e como encaro o dia como positivo tudo corre de feição. Aí entrava uma teoria que já li algures por aqui de que conseguimos controlar o mundo com o pensamento. Possivelmente tem o seu quinhão de verdadeiro. Tudo é possivel, o mundo é louco, a civilização para lá caminha...
Hoje é dia 13 e segunda-feira. Não há teoria nenhuma que junte o 13 a este dia da semana, sempre fatidico, sempre desgastante. O tal que contamos sempre como o dia mais longe do fim de semana, esquecendo que também é o que está mais próximo. Mas a verdade é que se juntarmos o 13 a uma segunda-feira o primeiro fica quase sem efeito. O efeito devastador das segundas-feiras sobrepõe-se a qualquer dia... Estou mesmo disposto a criar uma petição pelo fim das segundas-feiras!
Enfim, são dias... um dia conto-vos a teoria da quinta-feira... ou talvez não...

domingo, março 12, 2006

Parabéns!

Ameaça de bomba...

Segundo o jornal "A Bola", antes do Liverpool-Benfica:

As sirenes do hotel onde o Benfica está instalado soaram às 20.30 horas, quando a comitiva encarnada se encontrava já a jantar. Primeiro era incêndio, depois ameaça de bomba. Foram dadas instruções para que toda a gente abandonasse as instalações da unidade hoteleira, os responsáveis benfiquistas recusaram seguir essas directivas. A comitiva do campeão nacional ficou sozinha no restaurante. "Não havia um único empregado para nos servir", afirmou José Veiga a A BOLA. O director do hotel não gostou da atitude benfiquista, afirmou a Luís Filipe Vieira e a José Veiga que ele é que era o responsável e que deviam seguir as suas instruções. Da parte do Benfica... nada, ninguém arredou pé.

Mas esta malta não sabe que o portuga não se intimida com estas coisas?

Já estou a imaginar o Veiga:
"Bomba? Qual bomba? Vamos mas é comer antes que isto fique tudo frio!"

Curtas de fim de semana II

"... está visto que não tem ido aos treinos... isto de ir aos treinos tem as suas vantagens..."

Curtas de fim de semana

"... hoje ainda não vi o Desesperadamente... desculpa, o Despreocupadamente...."

sábado, março 11, 2006

Grandeza!

É no espírito que está toda a verdadeira grandeza !

sexta-feira, março 10, 2006

Despreocupadamente... vivendo...

Há momentos que não duram mais do que o tempo necessário para se tornarem eternos. Um dia, conheci uma rapariga perdida entre sonhos e realidade, que me disse que se sentia só. Falei-lhe das estrelas, da lua, do sol, da natureza que nos rodeia. Falei-lhe de família, de amigos, de laços que perduram. Conceitos, pensou ela. Mas, sorriu-me, fingindo que concordava. Ía-se embora. Atrás dela, deixava dúvidas, incertezas, medos. Partia, mas não sem olhar para trás. Eu sabia que ela não tinha a certeza do que fazia. Mais uma vez, não era capaz de ter a certeza. Mas, ainda assim, disse-me adeus e, com o rosto iluminado pelas lágrimas, afastou-se. Nunca mais soube nada dela.

Aqui há uns dias, recebi uma carta sem remetente. O meu nome, de letras cuidadosamente alinhadas, fez-me estremecer. Abri-a:
M,
Tinhas razão. A vida é muito mais do o campo formado pela nossa aura. Ela cresce e desenvolve-se à nossa volta, mas tem uma força tal que se torna, às vezes, insuportável. Não conseguimos vencê-la nem juntarmo-nos a ela. Por isso, ficamos sentados, a vê-la passar. Às vezes, há alguém que passa e que olha para nós. Estende-nos a mão e lá vamos nós, ao ritmo alucinante da vida, a criar sonhos e a semear alegrias, a deixar o nosso coração soltar-se das amarras que lhe impusémos enquanto esperávamos. Percebemos que ter vergonha ou medo é perder a corrida da vida. É deixar o que realmente importa à espera que apanhemos o comboio.
Querida M, eu apanhei o comboio. Ainda não era tarde. Sinto-me tão feliz. A vida palpita em mim e eu deixo-a brincar nas minhas mãos, como se fosse uma criança. Era tão fácil. Oh, como era fácil! A rapidez da corrida deixa-nos tontos, às vezes. É o momento de nos apearmos e nos sentarmos junto à linha. Mas, não para vêr os outros comboios passar. Não! Sentamo-nos para sentir o ar fresco a bater-nos na cara e os raios de sol a atravessarem-nos o peito. Sentamo-nos. Decidimos qual será o próximo comboio. Mas, não desistimos da corrida. Nunca.
Beijos,
E.


Pus-me aqui a pensar. À espera do comboio? Talvez. Escrevo, pois ajuda-me a esperar. Há sempre alguém a estender-nos a mão. Não é um milagre? Sei do que falas, amiga. Há pouco tempo, conheci, sem conhecer, oito pessoas que me estenderam a mão e que me fizeram entrar na corrida... Mas, esta história fica para outra vez.

quinta-feira, março 09, 2006

estações...


Não existe nada mais triste do que uma estação terminal. A beleza de uma linha férrea é a sua continuidade, o padrão interminável, madeira sim, madeira não, a estender-se para um lugar que os olhos não vêem mas o coração adivinha. Fico de pé, junto ao carril, e imagino aquela força que passa sem se deter, o delicioso impacto do vento que me empurra para trás sem me tirar do lugar; o som, depois o som perdendo-se enquanto galga os espaço de uma descoberta constante, lado a lado com o adolescente que nos olha do banco de trás de um carro. Uma revista aberta, um sono em recuperação, um olhar para o horizonte sem sincronia possível com o pensamento.
Uma estação terminal é um lugar triste. Uma parede que é um nada. Há-de haver um. Há-de haver um dia um comboio que, com a sua pesada vontade, não se deterá. Há sempre um. Por cada comboio que passou vem sempre outro a caminho.

Miguel Tomar Nogueira

Politica!

Pequeno Pormenor

Pequenas coisas que faltam na vida
Tornam as grandes incompletas
Pequenas coisas fazem parte
Não te esqueças
A grande ponte para lado nenhum
Fica distante da pequena estrada
Esburacada, onde arriscas a vida
necessáriamente

E se tudo é um todo
E o todo é que importa
Não ponhas de lado
Aquilo que falta

Mesmo que não tenhas tempo
Pensa o que tens a fazer
Mede bem a importância
Dum pequeno pormenor
Um parafuso no foquetão
Um beijo ao deitar, um papel no chão
Uma prenda com cartão, um voto aqui
Ali um não

A justiça em grande faz sombra à pequena
Frágil, diária de todos
Tantas pequenas injustiças
tornam falso o sistema
A pequena dor nunca aliviada
Nas filas de espera do grande hospital
torna a doer, mesmo que te digam
vais ser atendido mais lá pro outro natal

Se tudo é um todo
E o todo é que importa
Não ponhas de lado
Aquilo que falta

Mesmo que não tenhas tempo
Pensa o que tens a fazer
Mede bem a importância
Dum pequeno pormenor
Um parafuso no foquetão
Um beijo ao deitar, um papel no chão
Uma prenda com cartão, um voto aqui
Ali um não"
Xutos & Pontapés

Gripe??? DASSSSS

Para a historia


Foi um momento historico, sem palavras. Venias e venias a este senhor, que marcou um GRANDE GOLO, venias e venias a uma equipa que ontem foi a loucura... sabemos que é muito dificil passar por outra equipa, mas tambem poucos acreditavam que o Benfica conseguia eliminar o M. United e Liverpool. Sinceramente gostava de apanhar o Arsenal, é que se ganhamos acho que a Rainha de Inglaterra declara guerra a Portugal. Somos pequenos, mas o homem é do tamanho dos seus sonhos, e os sonhos comandam a vida. Venha o proximo.

quarta-feira, março 08, 2006

Dia Internacional da Mulher

Por existirem. Por fazerem deste mundo um lugar feliz.


Elas sorriem quando querem gritar.
Elas cantam quando querem chorar.
Elas choram quando estão felizes.
E riem quando estão nervosas.

Elas brigam por aquilo que acreditam.
Elas levantam-se para injustiça.
Elas não levam "não" como resposta quando
acreditam que existe melhor solução.

Elas andam sem novos sapatos para
suas crianças poder tê-los.
Elas vão ao medico com uma amiga assustada.
Elas amam incondicionalmente.

Elas choram quando suas crianças adoecem
e se alegram quando suas crianças ganham prêmios.
Elas ficam contentes quando ouvem sobre
um aniversario ou um novo casamento.

Pablo Neruda

segunda-feira, março 06, 2006

treinador de bancada

este blog anda a precisar de uns certos despreocupados...

poema sem palavras

"O Essencial da arte é exprimir; o que se exprime não interessa."
Fernando Pessoa

reflexão de segunda-feira

Ler um, ou mesmo dois, excelentes blogs não dispensa a leitura de um bom livro.

domingo, março 05, 2006

humor negro - H5N1


Peço desculpa aos mais sensiveis...

sábado, março 04, 2006

há dias...

Há dias que me apetece comer o mundo!

quinta-feira, março 02, 2006

A Alma do Mundo

" (..) Porém, não percamos a esperança. Somos guerreiros, também condenados, mas enquanto herdeiros do inevitável património de Adão e Eva, que não é senão eles mesmos, fazemos parte da Alma do mundo, do redondo, do sublime, da perfeição. É por isso que existem Almas Gémeas. É por isso que dois, por vezes, se tornam um e não sabem porquê. É por isso que existem orgasmos, não só na união dos corpos, mas sobretudo na união de mentes. Assim, nasceram a literatura, a pintura, a música. Assim nasceu o diálogo construtivo e a inegável compatibilidade entre seres. Assim, nasceram actos de uma pureza que não parece "deste mundo". E, quando um destes encontros se dá, a Alma do mundo reconstrói-se. A grande maravilha, o maior dos tesouros é quando deixamos que estes encontros permaneçam durante toda a nossa vida. Isso pode acontecer entre o artista e a sua obra. Ou entre dois amantes. Ou entre dois irmãos. Ou entre um homem e a natureza que o rodeia. Ou até mesmo entre a solidão e a palavra amiga, no momento certo. Desde que tenhamos a certeza que as peças encaixam. Ah, e como é bela essa certeza! Ela implica a rejeição de tudo o resto, a miséria, a insegurança. Mas, é a certeza que vale a pena. É a ínfima união de duas peças outrora distantes que é a Verdade, a única Verdade! (...)"

Lígia Mendes in Mundos em Paralelo

O que é viver?

Perguntaram-me um dia o que é viver!
Lógicamente que a resposta que me saiu mais expontaneamente foi "O que é viver... bem, isso é relativo."

Mas viver não é relativo, evidentemente que não é. Viver é inventar o dia, é desconhecer o caminho, é transmitir energia pura. Viver é fazer poemas de amor, devolver sorrisos. É acreditar que o bem vence o mal e enfeitar o coração com as cores do arco-iris. É conquistar pessoas e amigos. È transformar a dor em alegria. Sempre. É amar e correr atrás dos sonhos, de uma inspiração ou de um cruzamento que nem sabemos se existe. É ter paz. Viver é procurar o que nos faz bem e procurar o que faz bem a quem gostamos. Viver é redescobrir as coisas belas da vida e trocar um olhar, um sorriso e saber que é uma linguagem universal. É ouvir uma música que nos acalme a alma. Viver é desacelerar e aproveitar o tempo, cada momento de prazer, mesmo que pareça banal.
Viver... é simplesmente ver a vida com o coração.

Mas melhor que as minhas palavras são as de Pablo Neruda, que colocou a questão de outra forma...
"Quem Morre"

"Morre lentamente quem não viaja, quem não lê, quem não ouve música, quem não
encontra graça em si mesmo.
Morre lentamente quem destrói seu amor próprio, quem não se deixa ajudar.
Morre lentamente quem se transforma em escravo do hábito, repetindo todos os
dias os mesmos trajectos, quem não muda de marca, não se arrisca a vestir uma
nova cor ou não conversa com quem não conhece.
Morre lentamente quem evita uma paixão e o seu redemoinho de emoções,
justamente as que resgatam o brilho dos olhos e os corações aos tropeços.
Morre lentamente quem não vira a mesa quando está infeliz com o seu trabalho
ou amor, quem não arrisca o certo pelo incerto para ir atrás de um sonho,
quem não se permite, pelo menos uma vez na vida, fugir dos conselhos
sensatos..."

daqueles e-mails

"Um casal de namorados estava a ir para a praia, desciam a serra numa moto em alta velocidade...
Rapariga: - Devagar! Estou com medo...
Rapaz: - Não! É divertido!
Rapariga: - Não é não! Por favor, estás-me a assustar!
Rapaz: -...... (silêncio)... Então dizes que me amas?
Rapariga: - Eu Amo-te!
Rapaz: - Agora abraça-me bem forte!
E a rapariga abraçou-o...
Rapaz: - Podes-me tirar o meu capacete e colocar em ti? Está-me a incomodar, quero sentir o vento no meu rosto...
E a rapariga colocou o capacete.
No jornal do dia seguinte havia a seguinte notícia:
"Uma moto bateu na serra devido à aparente perda de travões ou problemas no motor, um dos jovens não possuía capacete e morreu na hora, o outro está hospitalizado, mas passa bem".

A verdade é que descendo a estrada, o rapaz percebeu que os travões haviam falhado, e em seguida não funcionavam mais, a queda era eminente, mas ele não queria que a rapariga soubesse e se desesperasse.
Ao invés disso ele fez com que ela dissesse que o amava e sentiu o seu abraço uma última vez, e a fez colocar o seu capacete para que ela pudesse viver, mesmo sabendo que por causa disso ele iria morrer...

E tu? Darias o capacete...?"

O que será que este tipo tem?

http://www.glumbert.com/media/rave.html

Não sei o que este tipo tem... mas com a gripe das aves qua anda por ai, não é de fiar

Portugueses no Estrangeiro?