Despreocupadamente: junho 2006

sexta-feira, junho 30, 2006

7

Meses.
Arquivos.
Comentários.
Posts.
Saudosismo.
Sorrisos.
Lembranças.
Tradições.
Contradições.
Pedaços.
Instantes.
Mundos.
Partilhas.
Arte.
Lugares.
Delirios.
Vidas.
Sons.
Estudos.
Estatisticas.
Sonhos.
Sabores.
Palavras.
Ahhh... Já lá vão 7 meses de Despreocupadamente

A vida em Imagens - Parte II


A vida é uma eterna viagem, muda-se tantas vezes de lugar, observa-se a paisagem, alheados do mundo e do que nos rodeia dentro do comboio sempre em movimento e perdemo-nos em pensamentos recorrentes, ou olhamos para o corredor, para o que se passa dentro da carruagem, que a viagem prossegue sempre dentro do comboio...
Reparamos no lugar vago ao nosso lado, reparamos mais nele quando está preenchido... E a carruagem que se enche e preenche todos os cantos com um ruido melodioso... É assim composta a nossa eterna viagem da vida...
Há um lugar sempre reservado, por vezes sentamo-nos lá, sozinhos, melancólicos, outras vezes há um outro alguém que se senta a nosso lado tornando a viagem mais leve, mais solta...
Há um dia em que se senta de costas para nós, mas prossegue sentado no lugar reservado e para se sentar a nosso lado basta apenas um gesto...
E poderá seguir a nosso lado até ao fim da viagem, porque também é seu o comboio...
É o banco vermelho sim. O banco vermelho, cor do Amor, sempre presente na nossa viagem...

quinta-feira, junho 29, 2006

palavras...

Um homem utiliza uma média 1.500 palavras por dia, enquanto as mulheres usam no mínimo 3000 (O DOBRO).

No congresso onde este estudo foi apresentado, uma mulher levantou-se e disse:

- Lógico que as mulheres falam o dobro dos homens. Nós temos que repetir tudo o que dizemos para que os homens entendam.

E o orador perguntou: - Como assim?


(este espaço está a precisar de um pouco de humor...)

segunda-feira, junho 26, 2006

Homenagem a Ivanov

domingo, junho 25, 2006

Portugal!

Agora sim a bandeira vai parar à janela. Não que seja mais digno agora do que antes mas porque agora já foi provado o valor da selecção!

Sim, porque a bandeira à janela existe apenas para enaltecer a selecção e não para enaltecer a nação...

Descascar a laranja estava difícil mas depois desta prova nada mais há a duvidar!!

(e lá vou eu passar o Marquês... a ver vamos se não fico por lá...)

sábado, junho 24, 2006

A vida em Imagens - Parte I


Cada peça encaixa no seu devido lugar, não há margem para erros, foram desenhadas pelo Arquitecto, gestos fugazes de uma brilhante genialidade.
Tentativa e erro. Assim se constrói este puzzle. Desprovido de cores, desprovido de indícios que não os recortes singulares de algumas das suas peças há apenas uma forma de o construir: Tentativa e erro.
Finalmente acertar.
A alegria estonteante de encontrar o lugar de determinante peça. Mais um avanço. E outro pedaço do puzzle que se completa. Quanto mais se constrói mais dificil se torna encontrar a próxima peça e colocá-la no seu devido lugar...

Assim também é a vida.

A peça que falta?
Poderá alguém dizer que completou o puzzle da vida?


(este post é composto por quatro partes...)

quinta-feira, junho 22, 2006

O Silêncio

Acordou antes do raiar do sol, não se lembrava de ter conseguido dormir, apenas de contemplar a lua e as estrelas horas seguidas antes de se embrenhar num pensamento profundo que lhe toldou a visão. Desse pensamento, sempre recorrente, só encontrava réstias e nadas.
Podiam ter passado horas ou mesmo dias mas era como se apenas de um minuto se tratasse, talvez nem tivesse adormecido, somente deixado de pensar por um instante e encontrado aí o descanso de um século.

Não se tinha apercebido ainda do silêncio que imperava na cidade que nunca dorme quando procurou um cigarro. Mais um - pensou. Acendeu-o e deixou-o pendurado nos lábios secos enquanto as suas mãos se ocupavam de tentar encontrar o candeeiro.

Conseguia descobrir o maço de tabaco e o isqueiro no escuro, habituara-se a isso, mas encontrar o pequeno interruptor tinha-se tornado um desafio demasiado grande e acabou por desistir.

Possivelmente tinham-lhe retirado o candeeiro ao descobrirem que passava as noites em claro apenas com a sua luz, talvez por isso não o encontrasse, ou foi apenas a razão que lhe pareceu lógica para não o encontrar rapidamente.

Ao sentar-se na cama descobriu que algo não fazia sentido. O candeeiro perdido. A escuridão densa. O fumo invisivel. Tudo era normal.

Foi então que se apercebeu do silêncio na cidade que nunca dorme...

(um desafio... que foi respondido aqui)

terça-feira, junho 20, 2006

Num outro espaço...*

"É tudo mais simples quando não esperamos nada. Quando não há expectativas para gerir. Quando não contamos com ninguém a não ser nós próprios."

Das coisas mais acertadas que eu li nos últimos tempos, embora bastante utópica.


* Apenas uma forma de dar os Parabéns atrasados à Carrie

sábado, junho 17, 2006

Aos Despreocupados!


Não seriam precisas palavras para fazer, a vós Despreocupados, o meu mais sincero elogio, mas porque também as palavras estão na minha lista de vícios não me coíbo de deixar algumas.

A vós, que pintam esta tela com as vossas cores.
A vós, que partilham um pouco do vosso mundo.
A vós, que se libertam e se despreocupam.
A vós, que tenho o privilégio de conhecer.

A vós, amigos únicos e especiais!

A vós, os meus Parabéns!

Mundial

Acabei de subir a Avenida da Liberdade a pé, já nem me lembrava que tinha acabado de terminar o jogo de Portugal quando começo a ver a populaça munida de bandeiras e cachecóis a festejar pelas ruas, criando já uma considerável massa associativa no Marquês de Pombal...
Remete-me para uma séria dúvida...
O que levará esta malta, maioritariamente jovem, a estar num Sábado à tarde a agitar bandeiras aos carros que passam ? Ainda se fosse um jogo decisivo...
"Portugal, Portugal... de que é que estás à espera..."


(desculpem lá qualquer coisinha mas hoje apetece-me blogar)

Uma meta a seguir...

Lógicas...

Se o resultado permanece inalterável, independentemente da ordem pela qual os factores são adicionados, só me resta aceitar que a propriedade comutativa da adição talvez não seja uma coisa assim tão incapacitante.
Até os mais desconfiados se rendem à lógica, pelo menos uma vez na vida.

quarta-feira, junho 14, 2006

Acordes inéditos

Porque nos lembramos tantas vezes de falar da tristeza, confirmando a imagem de sonhadores nostálgicos que os outros têm de nós. Porque a mente de muitos ainda se encontra em alto-mar, a bordo de uma caravela errante, esperando avistar terra firme. Porque Portugal é dos Portugueses e estes são Portugal, ousemos dizer adeus à tristeza, mostrando o rosto radiante de um país que ainda tem tudo para sorrir e que ainda pode chegar a bom porto. Deixemos que os poetas e outros sonhadores se ocupem de saudosismos e da nostalgia. Façamo-lo também, se disso tivermos imperiosa necessidade, mas não fiquemos por aí. Olhemos para a frente; cada passo é mais um!
Ousemos compôr um novo tema para este Portugal - o refrão: continuar, o título: Solidariedade. Sim, porque modernização e optimismo não deverão alterar a nossa alma colectiva, aquela que arranca sorrisos até ao estrangeiro mais insonso, aquela que faz de nós uns sonhadores nostálgicos muito acolhedores. Agarremos o que temos de bom, façamos a nossa História, mas agora com olhos no futuro e não no passado!
Adeus tristeza

Na minha vida tive palmas e fracassos
Fui amargura feita notas e compassos
Aconteceu-me estar no palco atrás do pano
Tive a promessa de um contrato por um ano
A entrevista que era boa
E o meu futuro foi aquilo que se viu
Na minha vida tive beijos e empurrões
Esqueci a fome num banquete de ilusões
Não entendi a maior parte dos amores
Só percebi que alguns deixaram muitas dores
Fiz as cantigas que afinal ninguém ouviu
E o meu futuro foi aquilo que se viu
Adeus tristeza, até depois
Chamo-te triste por sentir que entre os dois
Não há mais nada pra fazer ou conversar
Chegou a hora de acabar
Na minha vida fiz viagens de ida e volta
Cantei de tudo por ser um cantor à solta
Devagarinho num couplé pra começar
Com muita força no refrão que é popular
Mas outra vez a triste sorte não sorriu
E o meu futuro foi aquilo que se viu
Na minha vida fui sempre um outro qualquer
Era tão fácil, bastava apenas escolher
Escolher-me a mim, pensei que isso era vaidade
Mas já passou, não sou melhor mas sou verdade
Não ando cá para sofrer mas para viver
E o meu futuro há-de ser o que eu quiser
Fernando Tordo
(eu sei, só falta o Avante, camarada!, mas pensem nisto ;)

terça-feira, junho 13, 2006

Não sabe o Hino? Não é Português!

Tribunal recusou nacionalidade a indiana que não sabia a letra e a música do hino nacional e desconhecia os principais nomes da cultura e política nacionais. Apesar de ser casada com português e residir aqui há nove anos (...)

A notícia aqui


Assim anda o país...

segunda-feira, junho 12, 2006

Sem legenda


Cada um de nós vai olhar esta imagem com um estado de espirito diferente. No abstracto da sua composição vamos rever algum pedaço de nós. Não deixo uma legenda. Espero as vossas na caixa de comentários. Não se prendam em palavras floreadas, não se intimidem com a partilha. Despreocupem-se!

domingo, junho 11, 2006

Dia de Portugal

António, depois de dormir numa almofada de algodão (Made in Egipt), começou o dia bem cedo, acordado pelo despertador (Made in Japan) às 7 da manhã.

Depois de um banho com sabonete (Made in France) e enquanto o café (importado da Colômbia) estava a fazer na máquina (Made in Chech Republic), barbeou-se com a máquina eléctrica (Made in China).

Vestiu uma camisa (Made in Sri Lanka), jeans de marca (Made in Singapure) e um relógio de bolso (Made in Swiss).

Depois de preparar as torradas de trigo (produced in USA) na sua torradeira (Made in Germany) e enquanto tomava o café numa chávena (Made in Spain), pegou na máquina de calcular (Made in Korea) para ver quanto é que poderia gastar nesse dia e consultou a Internet no seu computador (Made in Thailand) para ver as previsões meteorológicas.

Depois de ouvir as notícias pela rádio (Made in India), ainda bebeu um sumo de laranja (produced in Israel), entrou no carro (Made in Sweden) e continuou à procura de emprego.

Ao fim de mais um dia frustrante, com muitos contactos feitos através do seu telemóvel (Made in Finland) e, após comer uma pizza (Made in Italy), o António decidiu relaxar por uns instantes.

Calçou as suas sandálias (Made in Brazil), sentou-se num sofá (Made in Denmark), serviu-se de um copo de vinho (produced in Chile), ligou a TV (Made in Indonésia) e pôs-se a pensar porque é que não conseguia encontrar um emprego em PORTUGAL...

(o post que deveria ter sido escrito no Dia de Portugal mas que é escrito hoje porque há quem se esqueça que ontem foi dia de Portugal mas ninguém se esquece que hoje há jogo para o Mundial)

sexta-feira, junho 09, 2006

E continuemos a louvar o Mundial...

Vem aí o mundial... e não só

quinta-feira, junho 08, 2006

Vem ai o mundial... e não só

Ainda bem que vai começar o Mundial!!

terça-feira, junho 06, 2006

Parabéns colega!!

Ora, não podíamos deixar passar esta data maravilhosa (06-06-06) sem fazer uma posta dedicada ao nosso colega despreocupado que faz anos.

PARABÉNS ROGER!!!!!

Que passemos muitos almoços como de hoje!!

P.S. - Uma postita muito simples mas com muita amizade

sábado, junho 03, 2006

Lucidez

Estava no mar, agarrado a um barco...

...a tentar lutar contra algo que apelidou de má sorte, tentando provar o doce sabor da vitória sobre o mundo... era apenas um devaneio meio adormecido das páginas que recordava já ter lido...
A pequena vela remendada não o ajudava, deixara de ter um leme que lhe obedecesse...

Lutou contra o sôfrego instinto de pensar, o triste destino de não ser. Embalado por um sonho que continuava quando acordava, o relógio já morto também o abandonara... Tentava em vão sentir...Pedaços de uma vida que nunca contaria, memórias e estórias que morreriam consigo... aguardava pacientemente que uma brisa em forma de gente o derrubasse para regressar à vida... mas a brisa teimava em não corresponder...

Os sonhos não faziam mais sentido, nem o barco, o mar... apenas os tubarões o perseguiam e devoravam as suas vagas memórias... era um triste desengano de quem não tem por quem chorar... o vazio... cheirava-lhe a vazio... e na ausência de si já não lhe valiam os demais, se os ouvesse... encontrar a força para reagir,... já nao tinha essa esperança... o livro que sempre o acompanhava também não podia ser lido... suspeitava que a cada página virada dava um passo para o fim...

Deixou-se estar, sentado, cansado... viúvo...
Abandonou as horas para se fazer noite... e foi na escuridão da noite que deixou as letras se desalinharem... o velho e o mar... afinal o sonho em que se embrulhava não era nada... apenas um sonho fugidio... a realidade... a triste e pardacenta realidade era bem mais negra que o sonho que tivera, ou que a própria noite... a vida... o amor da sua vida... tudo lhe tinha fugido como fragmentos de um papel rasgado lançado ao vento... perdeu-se em mil desculpas para regressar... nenhuma lhe serviu no descontentamento do instante... Perdera-se para sempre num mar revoltoso... não teria nunca a sua própria vitória na derrota...

Abriu o livro, releu a última página e adormeceu para tentar não mais sonhar... ou acordar.


(em resposta a um desafio lançado aqui)