O Silêncio
Acordou antes do raiar do sol, não se lembrava de ter conseguido dormir, apenas de contemplar a lua e as estrelas horas seguidas antes de se embrenhar num pensamento profundo que lhe toldou a visão. Desse pensamento, sempre recorrente, só encontrava réstias e nadas.
Podiam ter passado horas ou mesmo dias mas era como se apenas de um minuto se tratasse, talvez nem tivesse adormecido, somente deixado de pensar por um instante e encontrado aí o descanso de um século.
Podiam ter passado horas ou mesmo dias mas era como se apenas de um minuto se tratasse, talvez nem tivesse adormecido, somente deixado de pensar por um instante e encontrado aí o descanso de um século.
Não se tinha apercebido ainda do silêncio que imperava na cidade que nunca dorme quando procurou um cigarro. Mais um - pensou. Acendeu-o e deixou-o pendurado nos lábios secos enquanto as suas mãos se ocupavam de tentar encontrar o candeeiro.
Conseguia descobrir o maço de tabaco e o isqueiro no escuro, habituara-se a isso, mas encontrar o pequeno interruptor tinha-se tornado um desafio demasiado grande e acabou por desistir.
Possivelmente tinham-lhe retirado o candeeiro ao descobrirem que passava as noites em claro apenas com a sua luz, talvez por isso não o encontrasse, ou foi apenas a razão que lhe pareceu lógica para não o encontrar rapidamente.
Ao sentar-se na cama descobriu que algo não fazia sentido. O candeeiro perdido. A escuridão densa. O fumo invisivel. Tudo era normal.
Foi então que se apercebeu do silêncio na cidade que nunca dorme...
(um desafio... que foi respondido aqui)
4 Comments:
um sorriso enorme :)
outro sorriso, mas agora por ter escrito ;)
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Keep up the good work. thnx!
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