Despreocupadamente: Língua Portuguesa

domingo, agosto 20, 2006

Língua Portuguesa

Descobri este texto num site muito interessante, que partilho convosco (parte do texto e site), por sermos todos amantes da nossa língua e por nos encontrarmos num momento especialmente patriótico ;)

O inglês que falamos tão bem não passa da nossa segunda língua. A primeira, a língua que sentimos, é a portuguesa. Cada vez que a deixamos morrer um pouco, morremos um pouco também nós. E deixamo-la morrer quando não pensamos nela como bem de raiz e valor de investimento. Neste mundo de mercados, o dos utilizadores do português está – linguisticamente falando – entre os dez primeiros do mundo. É riqueza desaproveitada. Por contingências históricas muito diversas. Mas, nos últimos tempos, também por falta de amor-próprio. As línguas todas morrem um dia: não é justificação. Se um homem diz: morro um dia, por isso já não trabalho, ele está a auto-excluir-se da sociedade. Faz de certo modo como o governo português, que não investe na nossa língua e, desta maneira, se auto-exclui. Desaproveita um bem económico que outros países invejam. Já repararam em quantos indivíduos falam francês e alemão? Muito menos do que os falantes de português. A nossa política europeia não contradiz, penso eu, uma política de contacto com a lusofonia. Não se percebe, assim, o abandono total da chamada estratégia atlântica. Não basta festejar os oceanos na Expo'98, sob a tutela do continente franco-germânico. É preciso ter um pouco mais de ambição e o sentido prático que se intui de velho ditado português: "Quem não tem cão..." Como se dizia há anos no anúncio a uma marca de leite: se não formos nós a defender a nossa língua, quem a há-de defender?

Afonso Peres, em aqui


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