Despreocupadamente: esquerda/direita

sábado, fevereiro 11, 2006

esquerda/direita

Já há algum tempo que tenho a ideia de escrever sobre politica a germinar. A geração que estará num futuro próximo no poder (entenda-se os que têm agora 18/19 anos) está, generalizando, desprovida de qualquer ideal politico. Que futuro para o país que temos?
Tenho feito umas pesquisas, sobre ideologias de direita e ideologias de esquerda, as quais não vou publicar agora, pois o texto é extenso e tem de ser trabalhado.
Mas numa dessas pesquisas encontrei um texto que transcrevo de seguida e que, sucintamente, traduz algumas das ideias de um esquerdista em comparação com os valores de direita.

"Esta semana, numa discussão com amigos, fizeram-me a tenebrosa pergunta: “por que é que és de esquerda?”
Estremeci… lembrei-me da primeira vez que me fizeram esta pergunta e eu não fui capaz de responder de forma convincente e segura. Também desta vez, perante pergunta tão imponente e ante um interlocutor ao qual reconheço tanto valor, receei não conseguir responder à altura e retorqui “e tu, por que é que és de direita?”. A resposta foi pronta “porque a direita é mais justa e racional”. E foi esta resposta, tão peremptória quanto verdadeira, dada por uma pessoa de direita, que explica por que é que eu sou de esquerda!
Segundo o meu interlocutor, “a direita é mais justa” porque se baseia no princípio do utilizador-pagador (ao ponto de o converter num imposto indirecto).
A direita seria justa porque cada um recebe na medida do que paga! Quem pode, paga. Quem não pode, é excluído, marginalizado, banido, abandonado.
Será isto justo?
Será justo que uma pessoa frequente o ensino superior porque pode pagar as propinas e outras não o façam porque não as podem pagar? Será justo que pessoas vivam luxuosamente em condomínios fechados enquanto outras dormem em arcadas? Será justo que umas pessoas sejam atendidas em hospitais particulares como em hotéis de 5 estrelas enquanto o Sistema Nacional de Saúde é privatizado deixando milhares de pessoas sem cuidados primários indispensáveis à sobrevivência humana digna? Será justo que milhares de pessoas não possam ter um direito ao trabalho, legal e sem serem exploradas, por não terem documento nacional? Quem é de direita vive num país fantasioso que não é o nosso… ou insiste em virar a cara à miséria das pessoas. (...)
Convido qualquer pessoa de direita a enfrentar o país real. Deixem o carro descapotável e andem nos transportes públicos. Olhem a cara das pessoas. Entrem num centro de emprego e vejam o desespero delas. (...)
Afinal, sou de esquerda pela segunda razão apontada pelo meu inquiridor: “a direita é racional”. É verdade.
A direita é tão racional que esquece as pessoas, torna-as em números e deixa de ouvir os seus problemas. A direita esquece-se que a política existe para servir as pessoas e melhorar a sua vida.
Chamem-me utópico generoso, caridoso sonhador, ingénuo filantropo, benfeitor fantasioso, quimérico, lunático, poeta, idealista, o que quiserem.
A verdade é que não fico indiferente ao sofrimento e à miséria das pessoas. Quero ajudá-las, tenho esse dever.
Sou de esquerda porque acredito na justiça social, na igualdade, na solidariedade e no desenvolvimento sustentável (com preocupações ambientais e com coesão e equilíbrio sociais)."

(lamento mas não registei a fonte, se alguém souber avise)
Fica a ideia!

E tu? És de esquerda ou de direita? Porquê?