Três vivas ao Presidente!

Os meus parabéns ao Professor Cavaco Silva.

Não votei nele, confesso. Mas tenho de admitir, nos meus poucos conhecimentos políticos, que a esquerda agiu mal e pagou o preço justo por isso. Deixou-se partir pela metade ao apoiar um candidato, de peso claro está, descartando um outro sem qualquer justificação. Dizia-se, em campanha, que só o Dr. Soares poderia destronar o Professor. Viu-se nos resultados que não era bem assim. Alegre, político e poeta mostrou que o povo é que manda, e que, em eleições presidenciais, vota-se na pessoa e não tanto no partido, demonstrou também ao PS que ele seria O candidato. O PS descobriu isso mesmo hoje. Mas é tarde. A esquerda apostou no lema "todos menos no Cavaco", assumindo uma posição derrotista desde o principio, enaltecendo o Professor ao fazer uma anti-campanha que só a prejudicou. Não se falava nos candidatos, apenas se tentou denegrir o Professor. Mal jogado. Apostou em ganhar numa segunda volta, esquecendo-se que não há segundas oportunidades para quem não tenta as primeiras. Cavaco apostou em ganhar na primeira. E ganhou.

Agora só peço para Portugal, na qualidade de cidadão e de contribuinte, que o Professor desempenhe o seu papel em conjunto com o actual governo. Não espero milagres como muita gente. Sair do fundo é complicado e o Professor não é D. Sebastião (até esse desapareceu no nevoeiro... mas a aula de História fica para outra altura) nem se espera dele essa função. Espera-se coerência e a competência que lhe é conhecida. Espera-se que o "Portugal Maior" não se fique apenas pela campanha eleitoral. Espera-se que, em democracia, faça valer os direitos dos portugueses, que lute por Portugal juntamente com o Eng. Sócrates. Se cumprir nas próximas eleições voto nele.

Três vivas ao Presidente que foi eleito democraticamente e que acredito fará o melhor por Portugal.

Duas vivas a Manuel Alegre que mostrou a toda a classe politica a força do povo, apartidáriamente.

Uma viva a Mário Soares pelo risco, pela tentativa, pelo profissionalismo, pela garra, pela âmbição e pela pesada derrota.